sexta-feira, 29 de novembro de 2013

História da Civilização Viking



Os vikings são uma antiga civilização originária da região da Escandinávia, que hoje compreende o território de três países europeus: a Suécia, a Dinamarca e a Noruega. Eles habitaram a região por volta do ano 800 da nossa era até cerca de 1100.
A antiga palavra escandinava “vikings” significava pirata. Por isso, algumas pessoas pensam nos vikings apenas como invasores selvagens. Mas, na verdade, eles também eram notáveis exploradores, conquistadores, fazendeiros, comerciantes e artífices.
Conhecidos como nórdicos ou normandos, os vikings estabeleceram uma rica cultura que se desenvolveu graças à atividade agrícola, o artesanato e um notável comércio marítimo. Os vikings trouxeram desenvolvimento notável à Noruega. A agricultura, o comércio e a construção de barcos foram as atividades mais importantes.
Os vikings eram também experts na fabricação de objetos de uso diário, armas e joias. Grande parte da arte do tempo dos vikings foi gravada ou esculpida em madeiras, decoradas com complexos desenhos entrelaçados de animais.
Os vikings se tornaram famosos por serem guerreiros e aventureiros corajosos e ambiciosos. Até o final do século VIII, a Escandinávia era uma região praticamente ignorada pela Europa. De repente, em 780, os vikings se deslocaram da Noruega, Dinamarca e Suécia e começaram a saltear a Europa cristã, devastando cidades e campos.
Algumas fontes históricas afirmam que o exército viking era formado de guerreiros profissionais que eram treinados  treinavam para combates ferozes e estavam melhor equipados com espadas, escudos, machados e arcos. Além disso, eram excelentes navegadores e com seus barcos sólidos se aventuravam para o alto mar. Quando chegavam à terra, saqueavam imediatamente as aldeias para obter cavalos, gado e cereais.
Outras fontes dizem que os vikings não tinham um exército com formação profissional. Suas táticas eram rudimentares. Na batalha, os combatentes mais jovens formavam uma parede de escudos ao se alinharem e sobreporem seus escudos. Isso lhes proporcionava mais proteção. Os combatentes veteranos davam apoio na retaguarda.
A vida voltada para os mares também estabeleceu a pirataria como outra importante atividade econômica. Em várias invasões militares realizadas pela Europa Continental, os vikings saquearam e conquistaram terras, principalmente na região da Bretanha, que hoje abriga o Reino Unido. Cronologicamente, a civilização viking alcançou seu auge entre os séculos VIII e XI.
Idioma
Os vikings falavam nórdico antigo. Este idioma era falado da Groenlândia ao Báltico durante a Era Viking. Os Vikings usavam o alfabeto rúnico futhork. As letras eram formadas por linhas retas que facilitavam o entalhe em madeira, pedra ou osso. O nórdico antigo influenciou bastante o inglês antigo em virtude da interação entre os Vikings e o inglês. As palavras law (lei), ugly (feio), want (querer) e take (pegar) em inglês foram emprestadas do nórdico antigo.
As navegações
Os vikings eram navegadores famosos. Eles se baseavam nas estrelas e em bússolas para empreender grandes viagens. A bússola era usada para determinar a orientação. Era um disco de madeira redondo com um diâmetro de 70 mm. As sombras criadas pelo ponteiro no centro ajudavam os Vikings a determinar a direção do norte. Os pesquisadores acreditam que, durante os dias chuvosos e no crepúsculo, os Vikings usavam um cristal de calcita que reflete a luz do sol e pode ajudar a apontar a posição do astro.
Os vikings navegavam nos aperfeiçoados e belos drakkars, que eram  compridos barcos a vela e a remo esculpidos na madeira. Os vikings foram os  primeiros na Europa do Norte a construir barcos com velas, o que dava enorme vantagem sobre as embarcações de outras nações, movidas a remos.
Foi navegando cada vez mais distante que os vikings conquistaram grande parte da Suécia e da Escócia, a ilha de Man, as ilhas Hébridas, a Islândia, a Groenlândia e outros territórios russos, suecos e finlandeses e construíram um respeitável povoado na região do fiorde de Oslo.
O processo de invasão à Bretanha aconteceu nos fins do século VIII. No ano de 865, um poderoso exército de vikings dinamarqueses empreendeu uma guerra que resultou na conquista de grande parte das terras britânicas. Eles também unificaram a Noruega, reinando sobre ela durante anos.
Habitações
As habitações dos vikings eram simples, construídas a madeira, pedras e relva seca. A distribuição espacial das residências também era bem simples e muitas vezes os lares tinham apenas um cômodo. As casas das famílias mais numerosas tinham uma divisão mais complexa e contavam com  salas, cozinha e quartos.
Vestimentas
Os vikings usavam roupas que pudessem suportar as baixas temperaturas do norte europeu. Costumavam combinar peças de tecido com couro e peles grossas que pudessem manter o corpo aquecido. Mas toda a população gostava de utilizar acessórios em metal e pedra.
Estrutura familiar
Na organização familiar viking, o homem era o grande responsável pela defesa da família e pela realização das principais atividades econômicas. A mulher dedicava-se aos afazeres domésticos e ficava responsável pela preparação dos alimentos, além de ajudar em pequenas tarefas cotidianas. A educação das crianças era delegada aos pais, sendo eles que repassavam as tradições e ofícios vikings.
Estrutura social
O rei era a principal autoridade política dos vikings. Em seguida, os condes e chefes tribais também tinham grande prestígio e poder de mando entre a população. O poder de decisão entre os locais tinha certa presença entre os vikings. Reunidos ao ar livre, discutiam a elaboração de suas leis próprias e as punições a serem deferidas contra os criminosos.
Os vikings tinham e comercializavam escravos. Muitos dos escravos eram pessoas que eles capturavam durante os ataques. Um Viking livre também poderia se tornar escravo como punição por determinados crimes. Os Vikings comercalizavam seus escravos nos mercados europeus e norte-africanos.
Assim como em muitas sociedades medievais, os Vikings tinham casamentos arranjados. Com frequência, eles eram decididos no Thing, a assembleia dos Viking em que as pessoas se reuniam para punir crimes e resolver problemas. No entanto, em algumas sociedades Viking (em especial as sociedades antes da Era Cristã), a noiva Viking podia recusar um possível marido e o divórcio não era menosprezado se um casal estivesse infeliz no casamento. Nessas situações, as mulheres ainda podiam ficar com seus dotes e, em alguns casos, também podiam dividir a propriedade material.
Leis
Os vikings desenvolveram leis justas e um sistema de democracia. Os julgamentos eram realizados em dois tipos diferentes de tribunais. Um crime poderia ser julgado por um júri formado por doze homens livres e um juiz. O juiz decidia apenas casos complexos, como um confronto entre os comandantes.
A maioria dos crimes na sociedade viking era punida em forma de remuneração, mas os criminosos também poderiam ser condenados ao exílio ou morte.
Um assassinato cometido na presença de testemunhas era considerado homocídio. A sentença para esse crime era a remuneração para a família do falecido. Se o acusado se recusasse a pagar, ele seria exilado. Um assassinato sem testemunhas que não era informado com rapidez era considerado um crime muito grave, porque poderia acarretar um ciclo de assassinatos por vingança. Nesses casos, a punição poderia variar entre exílio, combate mortal ou morte.
Religião
Os vikings possuíam uma mitologia rica e cultuavam vários deuses, que eram adorados em eventos coletivos. Os deuses mais cultuados eram Odin, Thor e Frey.  
Várias histórias envolvem a luta entre os deuses nórdicos ou o conflito entre as divindades e os gigantes. Odin era o “Deus dos deuses”. Thor, o deus mais venerado, tinha poder sobre os céus e protegia povo viking. O martelo de Thor  era como um berloque, ou seja, um pequeno enfeite pendurado em corrente,  que usavam para atrair a boa sorte.
Odin
É o chefe entre o grupo de deuses, o deus dos guerreiros massacrados em batalhas e, também, o deus da sabedoria. O que tudo sabe e tudo vê, Odin sacrificou o seu olho no poço de Mimir para que pudesse ver o futuro. Do seu trono, Odin vê tudo o que passa na terra, e todas as noites se retira a Valhalla, o Salão dos Caídos, onde as grandes guerreiras, as suas Valkírias, levam até ele as almas dos corajosos guerreiros mortos em batalha. Ragnar Lothbrok afirma ser o descendente direto do deus nórdico Odin.
Thor
Thor é um dos deuses mais poderosos e protetor do homem comum. Ele governa o céu e controla o trovão e o relâmpago, os ventos e as tempestades. Quando ele coloca o seu cinto Megingjörð, a sua força é duplicada e o mundo se agita enquanto ele caminha.
Freyr
Freyr controla a chuva e o sol, a fertilidade e a colheita. Ele é o deus que leva paz e prosperidade ao reino dos homens.
Loki
Loki é o deus trapaceiro, um metamorfoseador que ajuda e atrapalha.
Valkíria
Valkíria é a velha nórdica para "Escolhedora dos Massacrados" e as Valkírias são seres femininos da mitologia que recolhiam os guerreiros massacrados para Odin. Os que eram valentes o suficiente e morreram em batalha foram selecionados pelas Valkírias e levados a Valhalla, onde banqueteavam e se preparavam para a batalha no fim do mundo.
Valhalla
Valhalla é o Salão dos Massacrados em Asgard, onde aqueles que corajosamente perderam sua vida em batalha são levados pelas Valkírias. Em Valhalla, os caídos nas batalhas, junto com os heróis das eras mais remotas e os maiores reis esperam a chegada do fim do mundo, Ragnarök, onde eles lutarão com Odin. Valhalla tem 540 portas que permite que 800 homens saiam de uma só vez e está coberta por escudos de ouro.
Ragnarök
Ragnarök é a batalha no fim do mundo, na qual os deuses lutam contra as forças do caos. Durante a batalha, os heróis que Odin reuniu em Valhalla lutarão com ele.
Dissolução da cultura viking
Com o processo de cristianização da Europa, ao longo da Idade Média, os vikings foram convertidos a essa nova religião. A dissolução da cultura viking acontece entre os séculos XI e XII. Os vários conflitos contra os ingleses e os nobres da Normandia provocaram a desintegração da civilização viking, que ainda se encontra presente em algumas manifestações da cultura europeia.
 Fontes: sites História do Mundo e National Geographic Channel - Brasil
 
 

 

sábado, 20 de julho de 2013

Terra vista do céu

Sucesso de público, exposição vista por 120 milhões de pessoas
enriquece a região central de Belo Horizonte

Por: Alessandra Grisolia


                                                                      Crédito:terravistadoceu.com/fotos


Quem passar pelo centro de Belo Horizonte vai notar algo diferente. Nas grades do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, em plena avenida Afonso Pena, estão expostas 130 fotografias tiradas das alturas, que revelam diferentes aspectos do planeta Terra, como a fome, a emissão de gases poluentes, as riquezas naturais, a concentração de renda, a distribuição desigual dos alimentos, o derretimento das geleiras, a matança de animais silvestres, a preservação da fauna e da flora, a  sustentabilidade, entre outros. A exposição do renomado fotógrafo e ativista francês Yann Arthus-Bertrand pode ser conferida até 1º de setembro e é gratuita.  
 
Trazida a Belo Horizonte pela PBH, por meio da Fundação Municipal de Cultura, "A terra vista do céu" já foi vista por 120 milhões de pessoas. A exposição,  que chegou em Belo Horizonte no dia 16 de julho, consiste em fotografias em alta definição tiradas do alto de helicópteros e balões, em diversas parte do mundo.  Impressas em grandes dimensões (2 x 1,40m), as imagens captadas por Yann Arthus-Bertrand   registram as belezas e a fragilidade de nosso planeta diante da degradação ocasionada  pela ação do homem sobre a natureza. 
 
Para aumentar a interação do público com as fotografias expostas, um Mapa Mundi de 200 metros quadrados, instalado na entrada principal do Parque Municipal, permite a identificação dos pontos geográficos das fotografias. Ao explorá-lo visualmente, a sensação que se tem é a de estar caminhando sobre o mundo. 
 
O projeto oferece diariamente visitas guiadas para estudantes, ONG's, Pontos de Cultura e público em geral.  Os agendamentos poderão ser feitos no centro de visitantes, localizado na entrada principal do Parque, ou via email: educativo@bonfilm.com.br
 
Já o site da exposição (www.terravistadoceu.com) oferece gratuitamente conteúdo para pesquisa e download, além  de um caderno educativo de 22 páginas que será distribuído para os grupos de escolares, crianças e jovens visitantes da mostra. O objetivo é incentivar o trabalho em sala de aula sobre a questão da sustentabilidade.
 
Projeto
 
Na verdade, as fotos integram um grande projeto fotográfico de Bertrand para poder propor para o ano 2000 um retrato do planeta. A ideia de Bertrand  surgiu há 20 anos, no Brasil, durante a  Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a "Eco 92". Além disso, compõem um livro de sucesso internacional com mais de 3 milhões de exemplares vendidos em todo mundo.
   
Apresentada pela primeira vez, em Paris, na França em 2000, posteriormente a mostra foi vista em 110 países. No ano passado, chegou ao Brasil, em abril, coincidindo com a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, seguindo para Brasília.
 
 Sobre Bertrand
 
Fotógrafo, jornalista e ambientalista, Yann Arthus-Bertrand nasceu na França. Seu interesse pela natureza e pela vida selvagem teve início na adolescência, quando se tornou assistente de direção de filmes. Mas Bertrand largou o cinema para gerenciar um parque ambiental no sul da França. Aos 30 anos, mudou-se para o Quênia, para estudar o comportamento dos leões, e viveu numa reserva ambiental por três anos. Foi lá que se apaixonou pela fotografia. 
 
Após 35 anos dedicados à arte de observar o planeta, tem mais de 60 livros publicados com retratos feitos ao redor do mundo, sempre a bordo de helicópteros e balões. Como cineasta já realizou dois longas com a temática ambiental “Home – Nosso planeta, nossa casa” e ”Planeta Oceano”, além de conteúdo para documentários de televisão.
 
Desde 2005, é presidente da Fundação “Good Planet”, que tem como missão a luta contra as mudanças climáticas através do programa Action Carbone, que propõe a implementação de ações para reduzir e compensar emissões de gás carbônico, além de atuar na educação ambiental e projetos culturais. Atualmente, o fotógrafo está em filmagem do seu novo longa intitulado “Human”.
 
Arthus-Bertrand faz questão de expor suas fotografias ao ar livre, em espaços de grande circulação de público para surpreender e interagir com o cotidiano das pessoas e da paisagem das cidades.
 
"Terra vista do céu" 
Parque Municipal Américo Renné Giannetti
(Av. Afonso Pena, 1377, Centro)
Evento gratuito e aberto ao público
Data:  até 01/09/2013 
Horário da exposição: não divulgado
Centro de Visitantes e monitores: terça a domingo de 9h às 18h
 Iluminação dos expositores: diariamente até às 23h.
Visitas Guiadas:
9h, 11h e 14h – Visita guiada à exposição para grupos escolares, Ong´s, Pontos de Cultura
10h e 15h – Visita guiada à exposição para o público em geral
Aos domingos não haverá visitas guiadas devido à realização da Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades de Belo Horizonte.
Informações e imagens em: http://terravistadoceu.com/fotos/
Info venda: www.terravistadoceu.com.br




Assembleia Geral da ONU aprova criação de novo fórum global para o desenvolvimento sustentável

       Foto: World Agroforestry Centre
                              

Fórum reunirá anualmente ministros e contará com apoio do Conselho Econômico e Social (ECOSOC) para lidar com os desafios da economia global, social e ambiental
 
Nova York, 9 de julho – A Assembleia Geral das Nações Unidas definiu a criação do Fórum de Políticas de Alto Nível, que substituirá a Comissão da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, visando aumentar esforços para solucionar os desafios globais, sociais e ambientais. O Fórum reunirá ministros anualmente e promoverá encontros entre os chefes de Estado para alavancar o desenvolvimento alinhado com a conservação do meio ambiente.
A resolução adotada em consenso pelos 193 membros da Assembleia Geral destacou a necessidade de um quadro institucional melhor e mais eficiente para o desenvolvimento sustentável. Foi definido que o Fórum deveria proporcionar “uma plataforma dinâmica para o diálogo constante, registro e definição de uma agenda para avançar esse processo”.
“O estabelecimento de um fórum marca grande passo na implementação do ‘Futuro Que Queremos’”, afirmou o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, citando o documento proposto na última Conferência de Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
 “O Fórum promoverá liderança política, ações orientadas e recomendações que nós precisamos para seguir tudo o que foi proposto no Rio e encontrar soluções urgentes para os desafios econômicos, sociais e ambientais”, completou Ban. O Fórum se reunirá anualmente no âmbito do Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC) e, a cada quatro anos, terá um encontro de chefes de estados sob o tema do desenvolvimento sustentável.  A primeira reunião do Fórum será em setembro, durante a 68ª sessão da Assembleia Geral.
 


 

 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

OS VIKINGS E O METAL


O que é viking metal

 Fonte: Wikipédia


Viking metal

Viking metal é o maior e mais consolidado sub-gênero do folk metal e black metal com influências da cultura e da mitologia nórdica. Traz em sua música menções à Era Viking e ao Paganismo Nórdico. Expressam em suas letras crenças e sagas vikings, assim como também o fazem em relação à parte artístico-visual das bandas. As letras das músicas são escritas em inglês e também em idiomas nórdicos. A sonoridade do estilo é caracterizada de acordo com o sub-gênero do heavy metal seguido, podendo soar com uma essência heavy metal, death metal, black metal, etc. Outro fator de grande influência na sonoridade do viking metal é o elemento folclórico musical, pois muitas vezes são utilizados instrumentos tradicionais do norte europeu, assim como algumas estruturas musicais que são características da música folclórica nórdica.

História

A banda Bathory, de Quorthon, foi uma das pioneiras do gênero. Foi na metade de sua carreira, durante o final dos anos 80 e início dos 90, que os majésticos álbuns Blood Fire Death e Hammerheart vieram a ser criados. Estes discos incorporaram ritmos mais lentos que o trabalho anterior do grupo, e foram influência direta para grupos como Enslaved, Mithotyn e Thyrfing. Embora o Bathory seja o criador deste estilo musical, foram estes grupos, juntamente com outros, que deram forma ao estilo, trazendo freqüentes coros de vozes masculinas, influência folclórica e temáticas viking. No século XXI apareceram numerosas bandas pelo mundo fazendo viking metal, moldando o gênero que, apesar de ser pequeno, já está perfeitamente consolidado.

Características

O vocal pode ser limpo, gutural ou gutural mais agudo, o que depende do sub-gênero do heavy metal que está sendo seguido e que varia de banda para banda. A sonoridade dos instrumentos está relacionada aos mesmos fatores, portanto pode-se encontrar grande peso na execução dos instrumentos, como guitarras fortemente distorcidas, vocal rasgado e blast beat, que são características do black metal, assim como pode ser encontrada sonoridade mas leve, com vocais limpos e execução instrumental mais branda.

As temáticas abordadas se relacionam com inúmeros fatores locais do norte da Europa e com fatores históricos, fazendo referências às sagas vikings, batalhas, guerreiros, crenças, costumes, religiões, mitologia, literatura, e até mesmo à bebidas, clima e geografia local.

Existe também a variedade instrumental encontrada em muitas bandas que agregam instrumentos tradicionais do norte europeu e instrumentos clássicos e acústicos a formação instrumental padrão das bandas de heavy metal. O tratamento artístico-visual também é relacionado a temática viking, o que pode ser observado nos clipes das bandas, nas artes das capas dos CD e também no vestuário utilizado em suas performances.

 

Algumas bandas

Amon Amarth

Ancient Rites

Baptised In Ace

Bathory

Borknagar

Corvus Corax

Einherjer

Ensiferum

Enslaved

Equilibrium

Demonaz

Falkenbach

Finntroll

Frostmoon

Glittertind

Gwydion

Hades Almighty

Heidevolk

Helheim

Mithotyn

Moonsorrow

Morrigan

Nomans Land

Otyg

Rhapsody of Fire

Subliritum

Storm

Svartsot

Turisas

Thrudvangar

Thyrfing

Týr

Vintersorg

Windir

Wolfchant

OS VIKINGS




Quem foram os vikings

 Fonte: Wikipédia

O termo viking (do nórdico antigo víkingr) ou viquingues é habitualmente usado para se referir aos exploradores, guerreiros, comerciantes e piratas nórdicos (escandinavos) que invadiram, exploraram e colonizaram em grandes áreas da Europa e das ilhas do Atlântico Norte a partir do final do século VIII até meados do século XI.1
Esses vikings usavam seus famosos navios dragão para viajar do extremo oriente, como Constantinopla e o rio Volga, na Rússia, até o extremo ocidente, como a Islândia, Groenlândia e Terra Nova, e até o sul de Al-Andalus.2 Este período de expansão viking - conhecidos como a Era Viking - constitui uma parte importante da história medieval da Escandinávia, Grã-Bretanha, Irlanda e do resto da Europa em geral.

As concepções populares dos vikings geralmente diferem do complexo quadro que emerge da arqueologia e das fontes escritas. A imagem romantizada dos vikings como bons selvagens germânicos começaram a fincar suas raízes no século XVIII e isso evoluiu e tornou-se amplamente propagado durante a revitalização viking do século XIX.3 A fama dos vikings de brutos e violentos ou intrépidos aventureiros devem muito ao mito viking moderno que tomou forma no início do século XX. As atuais representações populares são tipicamente muito clichês, apresentando os vikings como caricaturas.3 Eles também fundaram povoados e fizeram comércio pacificamente. A imagem histórica dos vikings mudou um pouco ao longo dos tempos, e hoje já admite-se que eles tiveram uma enorme contribuição na tecnologia marítima e na construção de cidades.
 
 Etimologia
Hoje, de um modo um tanto controverso, a palavra viking também é usada como um adjetivo que se refere aos escandinavos da época; a população escandinava medieval é denominada frequentemente pelo termo genérico "nórdicos".
A etimologia da palavra é um tanto incerta. A raiz da palavra germânica vik ou wik está relacionada a mercados, é o sufixo normalmente utilizado para referir-se a uma "cidade mercadora", da mesma forma que burg significa "lugar fortificado". Sandwich e Harwich, na Inglaterra, ainda mostram essa terminação, e Quentovic, a recém-escavada cidade portuária dos francos, mostra a mesma etimologia. A atividade mercantil dos vikings está bem documentada em vários locais arqueológicos como Hedeby. Há quem acredite que a palavra viking vem de vikingr do nórdico antigo, língua falada pelos vikings, mas eles não se denominavam assim; este nome foi atribuído a eles devido ao seu significado: piratas, aventureiros ou mercenários viajantes. Os vikings são escandinavos, que por sua vez, são um povo germânico, sendo provenientes dos Indo-Europeus. Os vikings a partir do século VII começaram a sair da Escandinávia, indo para as regiões próximas, devido a uma superpopulação e até problemas internos, como no caso de Erik, o Vermelho que foi expulso da Noruega e da Islândia por assassinato, além da motivação pelo comércio e pelos saques das cidades européias. Os anais francos usam a palavra Normanni, os anglo-saxões os denominavam de Dani, e embora esses termos certamente se refiram respectivamente aos noruegueses e dinamarqueses, parece que frequentemente eram usados para os "homens do norte" em geral. Nas crônicas germânicas eles eram denominados de Ascomanni, isto é, "homens de madeira", porque suas naus eram feitas de madeira. Em fontes irlandesas eles aparecem com Gall (forasteiro) ou Lochlannach (nortistas); para o primeiro eram algumas vezes adicionadas as palavras branco (para noruegueses) ou preto (para dinamarqueses), presumivelmente devido às cores de seus escudos ou de suas malhas.
Adão de Bremen, historiador eclesiástico germânico, afirmou, aproximadamente em 1075, que o termo viking era usado pelos próprios dinamarqueses. Ele escreve: "... Os piratas a quem eles [dinamarqueses] chamam de Vikings, mas nós [os germânicos] chamamos de Ashmen". Se a origem da palavra viking for escandinava deve ser relativa à vig (batalha), ou vik (riacho, enseada, fiorde ou baía). Se por outro lado, a palavra viking não for de origem escandinava, pode estar relacionada à palavra "acampamento" - do inglês antigo wic e do latim vicus.
Registros históricos
 A terra natal dos vikings era a Noruega, Suécia e Dinamarca. Eles e seus descendentes se estabeleceram na maior parte da costa do Mar Báltico, grande parte da Rússia continental, a Normandia na França, Inglaterra e também atacaram as costas de vários outros países europeus, como Portugal, Espanha, Itália e até a Sicília e partes da Palestina.[carece de fontes] Os vikings também chegaram à América antes da descoberta de Cristóvão Colombo, tendo empreendido uma tentativa fracassada de colonização na costa da região sudeste do Canadá.
Os vikings eram guerreiros que viajavam pelos mares a partir de sua terra, na península escandinava, pilhando e saqueando cidades, mas também estabelecendo colônias e comercializando. Eles chegaram a áreas no norte da Europa levando sua cultura, como a Normandia, na França, que Rolão (Rollo) conseguiu através de um acordo com Carlos III, o Tratado de Saint-Clair-sur-Epte. Este território era no norte da França ao redor da cidade de Rouen. Além da Groenlândia, onde Erik, o vermelho criou colônias após ter sido expulso da Noruega e da Islândia, e do Canadá, para onde Leif Eriksson, filho de Erik viajou. Os vikings costumavam usar lanças (como o deus Odin) e machados e seus capacetes não possuiam chifres (como são apresentados). Viajavam em barcos rápidos chamados drakkars, "dragão", por terem uma cabeça do mítico animal esculpida na frente. A velocidade desses barcos facilitava ataques surpresas e fugas quando necessário.
Expansão
As diversas nações viking estabeleceram-se em várias zonas da Europa:
Os dinamarqueses navegaram para o sul, em direção à Frísia, França e partes do sul da Inglaterra. Entre os anos 1013 e 1042, diversos reis vikings, como Canuto o Grande, chegaram mesmo a ocupar o trono inglês.
Os suecos navegaram para o leste entrando na Rússia, onde Rurik fundou o primeiro estado russo, e pelos rios ao sul para o Mar Negro, Constantinopla e o Império Bizantino.
Os vikings começaram a incursar e colonizar ao longo da parte nordeste de Mar Báltico nos séculos VI e VII. No final do século VIII, os suecos faziam longas incursões descendo os rios da moderna Rússia e estabeleceram fortes ao longo do caminho para a defesa. No século IX eles controlavam Kiev e em 907 uma força de dois mil navios e oitenta mil homens atacou Constantinopla. Eles saíram de lá com um favorável acordo comercial do imperador bizantino. Depois chegando até a Sicília.
Os vikings fizeram a primeira investida no Oeste no final do século VIII. Os primeiros relatos de invasões viking datam de 793, quando dinamarqueses ("marinheiros estrangeiros") atacaram e saquearam o famoso mosteiro insular de Lindisfarne, na costa Leste da Inglaterra. Os vikings saquearam o mosteiro, mataram os monges que resistiram, carregaram seus navios e retornaram à Escandinávia. Nos 200 anos seguintes, a história Europeia encontra-se repleta de contos sobre os vikings e suas pilhagens. O tamanho e a frequência das incursões contra a Inglaterra, França e Alemanha aumentaram ao ponto de se tornarem invasões. Eles saquearam cidades importantes como Hamburgo, Utrecht e Rouen. Colônias foram estabelecidas como bases para futuras incursões. As colônias no Noroeste da França ficaram conhecidas como Normandia (de "homens do Norte"), e seus residentes eram chamados de normandos.
Em 865, um grande exército dinamarquês invadiu a Inglaterra. Eles controlaram boa parte da Inglaterra pelos dois séculos seguintes. Um dos últimos reis de toda a Inglaterra até 1066 foi Canuto, que governava a Dinamarca e a Noruega simultaneamente. Em 871, uma outra grande esquadra navegou pelo Rio Sena para atacar Paris. Eles cercaram a cidade por dois anos, até abandonarem o local com um grande pagamento em dinheiro e permissão para pilhar, desimpedidos, a parte Oeste da França.
Em 911, o rei da França elevou o chefe da Normandia a Duque em troca da conversão ao cristianismo e da interrupção das incursões. Do Ducado da Normandia veio uma série de notáveis guerreiros como Guilherme I, que conquistou a Inglaterra em 1066; Robert Guiscard e família, que tomaram a Sicília dos árabes entre 1060 e 1091 e Balduíno I, rei cruzado de Jerusalém.
Os vikings conquistaram a maior parte da Irlanda e grandes partes da Inglaterra, viajaram pelos rios da França, Portugal e Espanha, e ganharam controle de áreas na Rússia e na costa do Mar Báltico. Houve também invasões no Mediterrâneo e no leste do Mar Cáspio e há indícios que estiveram na costa do novo continente, fundando a efêmera colônia de Vinland, no atual Canadá.
A Era Viking
O período compreendido entre as primeiras invasões registradas na década de 790 até a conquista normanda da Inglaterra, em 1066, é conhecido como a Era Viking da história escandinava. Supõe-se que os ataques aos povos que vivem ao redor do Mar Báltico tem uma história anterior. Eles são, porém, não bem conhecidos, devido à falta de fontes escritas a partir dessa área. Os normandos eram descendentes de vikings dinamarqueses e noruegueses a que foram dados suserania feudal de áreas no norte da França - o Ducado da Normandia - no século X.[carece de fontes] A este respeito, os descendentes dos vikings continuaram a ter influência no norte da Europa. Da mesma forma, o Rei Harold Godwinson, o último rei anglo-saxão da Inglaterra, tinha antepassados ​​dinamarqueses.
Geograficamente, a "Era Viking" pode ser atribuída não apenas às terras escandinavas (modernas Dinamarca, Noruega e Suécia), mas também aos territórios sob domínio norte-germânico, principalmente o Danelaw, incluindo o York escandinavo, o centro administrativo dos restos mortais do Reino da Nortúmbria,4 partes do Reino da Mércia5 e a Ânglia Oriental.6 Navegantes vikings abriram o caminho para novas terras ao norte, oeste e leste, o que resultou na fundação de colônias independentes em Shetland, Orkney, Ilhas Faroé, Islândia, Groenlândia,7 e L'Anse aux Meadows, uma colônia de vida curta na Terra Nova, por volta de 1000 d.C.8 Muitas dessas terras, especificamente, Groenlândia e Islândia, podem ter sido originalmente descoberta por marinheiros vikings.[carece de fontes] Os vikings também exploraram e se estabeleceram em territórios em áreas dominadas pelos eslavos da Europa Oriental, especialmente o Rus de Kiev. Por volta de 950 d.c. esses assentamentos foram amplamente "eslavizados".
Já em 839, quando emissários suecos os primeiros a visitar Bizâncio, escandinavos serviram como mercenários a serviço do Império Bizantino.9 No final do século X, uma nova unidade da guarda imperial foi formada e tradicionalmente continha um grande número de escandinavos. Isso ficou conhecido como a Guarda varegue. A palavra "Varegues" pode ter se originado do nórdico antigo, mas em línguas eslavas e gregas poderia se referir tanto a escandinavos quantos aos francos. O mais eminente escandinavo que serviu a Guarda Varegue foi Harald Hardrada, que posteriormente estabeleceu-se como rei da Noruega (1047-1066). Importantes portos comerciais durante esse período incluem Birka, Hedeby, Kaupang, Jorvik, Staraya Ladoga, Novgorod e Kiev.
Há evidências arqueológicas que os vikings chegaram à cidade de Bagdá, o centro do Império Islâmico.10 Os nórdicos regularmente dobravam o rio Volga com seus bens de comércio: peles, dentes e escravos. No entanto, eles eram muito menos bem sucedida na criação de assentamentos no Oriente Médio, devido ao poder islâmico mais centralizado.[carece de fontes]
De modo geral, os noruegueses se expandiram para o norte e oeste, em lugares como Irlanda, Escócia, Islândia e Groenlândia, os dinamarqueses para Inglaterra e França, estabelecendo-se em Danelaw (norte/leste da Inglaterra) e Normandia, e os suecos a leste, na fundação do Rus de Kiev, a Rússia original. No entanto, entre as runas suecas que mencionam expedições ao longo do mar, quase a metade referem-se a invasões e viagens para a Europa Ocidental. Além disso, de acordo com as sagas islandesas, muitos vikings noruegueses foram para a Europa Oriental. Essas nações, apesar de distintas, foram semelhantes na cultura e na língua. Os nomes dos reis escandinavos são conhecidos apenas após a Era Viking. Somente após o fim da Era Viking os reinos separados adquiriram identidades como nações, que passou de mão em mão com a sua cristianização. Assim, o fim da Era Viking para os escandinavos também marca o início da sua relativamente breve Idade Média.
Declínio
Após décadas de pilhagem, a resistência aos vikings tornou-se mais eficiente e, depois da introdução do Cristianismo na Escandinávia, tornou a cultura viking mais moderada. As incursões vikings cessaram no fim do século XI. A consolidação dos três reinos escandinavos (Noruega, Dinamarca e Suécia) em substituição das nações viking em meados do século XI deve ter influenciado também o fim dos ataques, visto que com eles os vikings passaram também a sofrer das intrigas políticas de que tanto se beneficiaram e muito da energia do rei estava dedicada a governar suas terras. A difusão do cristianismo fragilizou os valores guerreiros pagãos antigos, que acabaram sumindo. Os nórdicos foram absorvidos pelas culturas com as quais eles tinham se envolvido. Os ocupantes e conquistadores da Inglaterra viraram ingleses, os normandos viraram franceses e os Rus tornaram-se russos.
A escrita dos vikings era com runas, símbolos escritos em pedras, sendo usados até o período de cristianização que misturou as culturas e provocou alterações. Nessas misturas, muitas coisas da cultura cristã passaram para os vikings, mas algumas tradições e ideias da religião dos vikings passaram para os cristãos, colaborando para a aceitação do cristianismo pelos vikings. Alguns exemplos dessas cristianizações das coisas vikings, são, a “santificação” da festa da deusa Eostre – considerada por alguns, uma forma da deusa Frigg, esposa de Odin – cujos símbolos são coelhos e ovos e que originou os nomes da Páscoa no inglês e alemão, Easter (inglês) e Ostern (alemão, vindo de uma variação de seu nome, Ostera).
Na Rússia, os vikings eram conhecidos como varegues ou varegos (Väringar), e os guarda-costas escandinavos dos imperadores bizantinos eram conhecidos como guarda varegue. Outros nomes incluem nórdicos e normandos.
Sociedade
Os povos vikings, assim como tinham uma mesma organização política, também compartilhavam uma mesma composição sociocultural. A língua falada pelos vikings era a mesma, seu alfabeto também era o mesmo: o alfabeto rúnico.[carece de fontes] As sociedades estavam divididas, de um modo geral, da seguinte maneira: O rei estava no ápice da pirâmide; abaixo dele estavam os jarls, homens ricos e grandes proprietários de terras (os jarls não eram nobres, pois nas sociedades vikings não havia nobres); abaixo dos jarls havia os karls, ou seja, o povo, livres, mas sem posses ou com poucas propriedades, geralmente pequenos comerciantes ou lavradores. Os karls compunham o grosso dos exércitos vikings e tinham participação nas Althings; abaixo dos karls, havia os thralls, escravos. Eles geralmente eram prisioneiros de batalhas, mas podiam ser (dependendo da decisão da Althing da região) escravos por dívidas ou por crimes, seus proprietários tinham direito de vida e morte sobre eles.
A maior parte dos povoados vikings eram fazendas pequenas, com entre cinqüenta e quinhentos habitantes. Nessas fazendas, a vida era comunitária, ou seja, todos deviam se ajudar mutuamente. O trabalho era dividido de acordo com as especialidades de cada um. Uns eram ferreiros, outros pescadores (os povoados sempre se desenvolviam nas proximidades de rios, lagos ou na borda de um fiorde), outros cuidavam dos rebanhos, uns eram artesãos, outros eram soldados profissionais, mas a maioria era agricultora.
As semeaduras ocorriam tão logo a primavera começava, pois os grãos precisavam ser colhidos no final do verão para que pudessem ser armazenados para o outono e inverno. Durante o inverno, as principais fontes de alimentos eram a carne de gado e das caças que eles obtinham. No verão o gado era transportado para as montanhas para pastar longe das plantações. Nas fazendas, as pessoas moravam geralmente em grandes casarões comunitários. Geralmente esses casarões eram habitados pelas famílias. Por exemplo: três irmãos, com suas respectivas esposas, filhos e netos.
As famílias (fjolskylda) dos vikings eram muito importantes, sendo provedoras de abrigo alimento e proteção. As famílias tinham rivalidades e brigas com outras, sendo julgados nas Things ou com os ordálios, testes para julgamentos divinos. No caso de mortes da família, era normal haver vinganças, devido à importância destas na sociedade. Os membros das famílias trabalhavam juntos, mesmo após casarem, trabalhando desde pequenos nas famílias, aprendendo trabalhos mais difíceis com o tempo, trabalhando com ferro ou no caso de jarls, na política ou na guerra. Os patriarcas detinham muito poder, podendo escolher se seus filhos viveriam ou não após nascerem.
As mulheres após o casamento mudavam para a família do marido e tinham trabalhos como cozinhar, limpar e cuidar dos necessitados. As mulheres eram obedientes, mas podiam pedir divórcio, caso houvesse motivo, já os maridos podiam ter concubinas e matar as mulheres adúlteras, mas tinham de pagar ao pai da noiva para casar. Como as famílias ensinavam os trabalhos aos filhos, muitos trabalhos eram familiares, como os stenfsmiors, que construíam barcos e com a madeira dos barcos velhos, reparavam os outros barcos.
Mitologia e religião
Eles tinham várias histórias para explicar coisas do cotidiano, como o sol e a lua, que acreditavam serem perseguidos pelos lobos Skoll e Hati, filhos de Fenrir (que segundo o ragnarok, devora Odin em batalha, morrendo em seguida); o sol seria uma deusa e a lua um deus, chamado Mani. O arco-íris, segundo eles, tinha uma ponte, denominada Bifrost, guardada pelo deus Heimdall. A Deusa-Sol passava todo dia com sua carruagem puxada pelos cavalos, Asvid e Arvak. Os deuses eram mais ou menos populares de acordo com a importância que tinham com o cotidiano. Alguns dos deuses mais venerados foram, Odin, Thor e Njord.
A religião dos vikings costumava ter culto a ancestrais, além da veneração a deuses e transmitia ideias diferentes quanto a questões da vida e do mundo. Eles acreditavam que o mundo era dividido em "andares" e todos estavam unidos a uma enorme árvore, chamada, Yggdrasil. Estes "andares" eram diferentes e possuíam características especiais, sendo estes, nove. Havendo um mundo para os deuses, Asgard, e um mundo onde as pessoas vivem, midgard, além dos outros sete que são, Nilfheim, mundo abaixo de midgard, no subsolo, onde Hel governa os mortos. Outro mundo é Jotunheim, reino frio e montanhoso, onde os gigantes de rocha e neve (chamado de Jotuns) habitam e era governado por Thrym, gigante que roubou o Mjolnir de Thor para trocá-lo por Freya. Os outros mundos são, Vaneheim (casa dos Vanir), Muspellheim (casa dos gigantes de fogo, local cheio de cinzas e lava, cujo rei é o gigante Surt), Alfheim (onde os elfos moram), Svartaheim (onde os svartafars habitam, são conhecidos como elfos negros) e Nidavellir (é a terra dos anões).
A  religião não era baseada na luta entre o bem e o mal, mas entre a ordem e o caos, sendo que nenhum deus era tido como completamente bom nem mau, mesmo Loki sendo apresentado como provocador de conflitos, ele ajudou os deuses em diversas ocasiões.
Os vikings valorizavam a morte e até a festejavam. Após a morte, havia ritos, como a queima do corpo do morto com vários pertences e após a queima, estes eram recolhidos e as cinzas, colocadas em potes de cerâmica. Outra forma usada após a morte era a criação de câmaras, onde o morto era colocado junto a vários pertences e até seus cavalos. Esta forma era mais usada na Dinamarca e na Ilha de Gotland. Há casos de enterros de navios, onde foram colocados rainha e princesa, junto a pertences e animais sacrificados, como, cães, cavalos e bois. Em outra câmara, foi encontrada uma mulher bem vestida, sendo esta rica e uma mal vestida retorcida, estudos confirmaram que esta era escrava e havia sido posta viva nesta câmara. No caso da morte de homens, era costume a sua mulher favorita ser enterrada viva junto a ele. O uso de barcos como túmulo, mostra poder e prestígio do morto e também simboliza a jornada pós-morte e tem ligação com a adoração a Njord.
Cultura
A cultura dos vikings tinha caráter guerreiro, devido também a influências religiosas. Eles eram politeístas, tendo deuses com diversas características, personalidades, histórias e influências no dia-a-dia. Estes deuses eram divididos em dois grupos, os Aesir e os Vanir, além de terem outras criaturas como os gigantes. Os Aesir e os Vanir têm poucas diferenças, mas há várias histórias sobre guerras entre os dois grupos. Além dos deuses, também eram relatadas histórias de heróis. Os vikings apreciavam muito as espadas, sendo que os mais ricos e poderosos tinham as mais belas e melhores espadas, possuindo detalhes dourados e até mesmo rúnicos. Além das espadas eles tinham facas, lanças de diversos tipos, como, de arremesso e eram as armas mais usadas em batalhas, sendo atiradas nos inimigos ou usadas normalmente, quando atiradas, era clamado o nome de Odin, deus da guerra conhecido por sua lança, Gungnir.
Mas os vikings também usavam arco e flecha, principalmente nas batalhas marinhas e machados, mas estes foram mais usados no começo da Era Viking, sendo usado no cotidiano e por ser simples e rústico, não possuindo detalhes como algumas espadas. Os escudos eram de madeira, mas com um detalhe de ferro no meio e ao longo da borda para proteger a mão. Também havia tipos específicos de infantaria como, os berserkers, que imitavam a ferocidade e bravura dos animais, muitas vezes não usando proteções nas guerras, sendo usados cogumelos e bebidas alcoólicas para provocar este efeito.
Drakar viking
Além de permitir que os vikings navegassem longas distâncias, seus navios dragão (drakar) traziam vantagens tácticas em batalhas. Eles podiam realizar eficientes manobras de ataque e fuga, nas quais atacavam rápida e inesperadamente, desaparecendo antes que uma contra-ofensiva pudesse ser lançada. Os navios dragão podiam também navegar em águas rasas, permitindo que os vikings entrassem em terra através de rios.
Museus vikings
Existe um famoso museu viking, que fica em Oslo, na Noruega, denominado Vikingskipshuset. Outro museu, dedicado aos barcos vikings, é o Vikingeskibsmuseet, na Dinamarca.
Revitalizações modernas
As primeiras publicações modernas sobre o que hoje chamamos de cultura viking apareceram no século XVI, como por exemplo, Historia de gentibus septentrionalibus(Olaus Magnus, 1555), e a primeira edição de Danorum Gesta, escrito no século XIII, de Saxo Grammaticus, em 1514. O ritmo de publicação aumentou durante o século XVII com as traduções latinas de Edda (especialmente Islandorum Edda, de Peder Resen, em 1665).
 Na Escandinávia, os estudiosos dinamarqueses do século XVII, Thomas Bartholin e Ole Worm, e o sueco Olof Rudbeck foram os primeiros a definir o padrão para usar runas e sagas islandesas como fonte histórica.[carece de fontes] Durante o Iluminismo e o Renascimento nórdico, o estudo histórico na Escandinávia tornou-se mais racional e pragmático, como foi testemunhado pelas obras do historiador dinamarquês Ludvig Holberg e do sueco Olof von Dalin.[carece de fontes] Um contribuidor pioneiro britânico ao estudo dos vikings foi George Hicke, que publicou seu Linguarum vett. septentrionalium thesaurus em 1703-1705. Durante o século XVIII, o interesse e o entusiasmo britânico pela Islândia e pela cultura escandinava antiga cresceu dramaticamente, expressas em traduções inglesas dos textos Old Norse e poemas originais que exaltavam as supostas "virtudes viking".
A palavra "viking" foi popularizada no início do século XIX por Erik Gustaf Geijer, em seu poema, The Viking. O poema de Geijer muito fez para difundir o novo ideal romantizado do viking, que tinha pouca base em fatos históricos. O renovado interesse do romantismo no Norte Antigo tinha implicações políticas contemporâneas. A Sociedade Geatish, da qual Geijer era membro, popularizou o mito em grande medida. Outro autor sueco que teve grande influência sobre a percepção dos vikings foi Isaías Tegnér, membro da Sociedade Geatish, que escreveu uma versão moderna de Friðþjófs saga hins frœkna, que se tornou muito popular nos países nórdicos, no Reino Unido e na Alemanha.
O fascínio com os vikings chegou ao ápice durante a chamada revivificação viking no final do século XVIII e XIX. Na Grã-Bretanha, assumiu a forma de Septentrionalismo, na Alemanha, a compaixão de Wagner ou mesmo o misticismo germânico, e nos países escandinavos, o nacionalismo romântico ou escandinavismo. As pioneiras edições escolares do século XIX da era viking começaram a chegar a um público pequeno na Grã-Bretanha, os arqueólogos começaram a escavar sobre o passado viking da Grã-Bretanha, e os linguistas entusiastas começaram a identificar origens na era viking de expressões idiomáticas e provérbios rurais. Os novos dicionários da língua nórdica antiga permitiu que os vitorianos lidassem com as primitivas sagas islandesas.11
Elmos com chifres
Muitos dizem que os vikings usavam elmos com chifres pois receavam, pelas suas crenças, de que o céu lhes pudesse vir a cair nas cabeças. Apesar desta conhecida imagem a respeito deles - que na realidade era uma crença celta e não nórdica - eles jamais utilizaram tais elmos. Essas características não passam de uma invenção artística das óperas do século XIX, que reforçavam as nacionalidades, no Romantismo, e que visavam a resgatar a imagem dos vikings como bárbaros cruéis, pois sua aparência era incerta. Os capacetes que os vikings verdadeiramente utilizavam eram cônicos e sem chifres (como se pode ver na imagem do "timoneiro viking"). Não existe qualquer tipo de evidência científica (paleográfica, histórica, arqueológica, epigráfica) de que os escandinavos da Era Viking tenham utilizado capacetes córneos. As artes plásticas e a literatura auxiliaram a divulgação dos estereótipos sobre os vikings, principalmente depois de 1880.12
Berserks
Lendas contam que guerreiros tomados por um frenesi insano, conhecidos como berserkir (singular; antigo nórdico), iam a batalha vestidos com casacos de pele de ursos, os de pele de lobos eram chamados de ulfhednar ou ulfhedir e atiravam-se nas linhas inimigas. O relato mais antigo sobre berserks está escrito em Haraldskvæði, um poema escaldico do século IX, escrito por Thórbiörn Hornklofi, em homenagem ao rei Haroldo I da Noruega. Não há relatos contemporâneos da existência dos berserks.
 

SOBRE VINLAND


O significado de Vinland

Fonte: Wikipédia
Vinland foi o nome dado pelos Vikings à zona do Golfo de São Lourenço, Nova Brunswick e Nova Escócia. A área foi explorada por iniciativa de Leif Ericson a partir de Leifsbudir, um colonato estebelecido por volta do ano 1000 na costa norte da Terra Nova (atual Canadá). A ocupação de Leifsbudir foi precária e durou apenas uma década, mas representou o primeiro contacto da Europa com a América, cerca de 500 anos antes das viagens de Cristóvão Colombo.
Primeiras explorações

A exploração de Vinland foi efetuada pelos vikings estabelecidos nas colónias da Groelândia e motivada pela escassez de recursos que se verificava nesta região. As colónias eram em certa medida apropriadas à ocupação humana, mas apresentavam desvantagens como o clima frio, escassez de madeira como material de combustão, de construção de casas e embarcações ou a falta de fontes acessíveis de ferro. Para suprir estas carências, Leif Ericson, filho de Eric, o Vermelho, fundador da colónia da Gronelândia, tomou a iniciativa de explorar a área circundante.
As primeiras viagens revelaram descobertas promissoras num continente de clima relativamente mais ameno e repleto de recursos essenciais à sobrevivência. Para além de Vinland (terra das vinhas), Leif Ericson descreveu ainda Markland (a costa de Labrador), Straumfjord e Helluland (costa este da Ilha de Baffin), relatadas nas sagas como locais ideais para a criação de rebanhos. No entanto, a costa este do actual Canadá situava-se a mais de 1000 milhas marítimas da Gronelândia, o que representava pelo menos três semanas de viagem de barco. Dada a impossibilidade de viajar a não ser no Verão, devido às condições atmosféricas, Leif Ericson depressa encontrou vantagem em estabelecer uma base de Inverno na região. Leifsbudir foi o nome dado a este colonato.

Leifsbudir
A única fonte histórica que menciona a colónia de Leifsbudir em Vinland são as sagas nórdicas. De acordo com estes textos, Leifsbudir foi fundada por Leif Ericson, seu irmão Thorvald, sua irmã e sua mulher, por volta do ano 1000. O local era descrito como uma pequena aldeia destinada a servir como quartel-general às expedições que continuavam a decorrer no Verão. À falta de fontes independentes e de vestígios vikings na América do Norte, os historiadores mantiveram-se cépticos quanto a estas narrativas, classificadas por alguns académicos como fantasias.

A dúvida esfumou-se em 1964 quando uma equipa de arqueólogos descobriu ruínas de arquitectura viking na área de L'Anse aux Meadows na costa norte da ilha da Terra Nova. O sítio era constituído por oito edifícios, dos quais três camaratas com espaço para acolher cerca de 80 pessoas, uma oficina de carpintaria e uma forja com tecnologia de extração de ferro idêntica à dos vikings. As datações por carbono 14 indicaram ainda idades em torno do ano 1000. A localização e características destas ruínas estavam por isso de acordo com as descritas pelos contemporâneos de Leif Ericson e confirmavam a veracidade da presença viking na América do Norte.

Uma das características mais marcantes da aldeia descoberta pelos arqueólogos era a ausência dos artefactos que normalmente acompanhavam os vikings. As escavações revelaram apenas e só a presença de 99 pregos estragados, 1 prego em boas condições, um pregador de bronze, uma roca, uma conta de vidro e uma agulha de tricot. Este magro espólio arqueológico foi interpretado como abandono deliberado da colónia, o que é apoiado pelas narrativas da época que contam como Leifsbudir foi abandonada ao fim de poucos anos de vida.
De acordo com as sagas, Vinland tinha todas as características de uma terra prometida, mas as ideias de exploração e colonização foram abandonadas, ao que tudo indica, repentinamente. Os motivos para o abandono são descritos pelos próprios relatos contemporâneos: Vinland era a morada de um povo hostil com o qual os vikings não conseguiram estabelecer relações pacíficas.O primeiro contacto dos vikings de Leifsbudir com os índios americanos é relatado em pormenor nas sagas. O acampamento foi visitado por um grupo de nove nativos, que os vikings chamavam genericamente skraelings (“os feios”, uma palavra também aplicada aos Inuit) dos quais os vikings mataram oito por razões não especificadas. O nono elemento fugiu e regressou em canoas com um grupo maior que atacou os colonos. Na luta, morreram algumas pessoas de parte a parte incluindo Thorvald, irmão de Leif Ericson. Apesar deste início pouco auspicioso, foi possível estabelecer relações comerciais com os Índios, com a troca de leite e têxteis nórdicos por peles de animais locais. A paz durou algum tempo até que nova batalha começou quando um índio tentou roubar uma arma e foi morto. Os vikings conseguiram ganhar este conflito mas o acontecimento serviu para perceberem que a vida em Vinland não seria fácil sem apoio militar adequado ao qual não tinham acesso. De acordo com as sagas decidiram então abandonar a aldeia de Leifsbudir e o sonho de colonizar Vinland.Apesar do abandono, os viking continuaram a visitar a América do Norte, em particular a região de Markland. Estas viagens não se destinavam à exploração ou a um eventual estabelecimento, mas sim à recolha de madeira e ferro, recursos que continuavam a escassear na Gronelândia natal. A última referência a uma viagem a Markland data de 1347.

Referências
Jared Diamond - Collapse: How Societies Choose to Fail or Survive, Allen Lane (Penguin Books)