quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Lançados os editais para a escolha de espetáculos do FIT

*Da Assessoria da PBH
As inscrições para o primeiro edital podem ser realizadas até 4 de janeiro de 2012, na sede da FMC, localizada na rua Sapucaí, 571, no bairro Floresta, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h, exceto feriados e pontos facultativos. O edital para espetáculos estreantes fica aberto até o dia 5 de janeiro e as inscrições deverão ser feitas da mesma forma na FMC. Pessoas físicas ou jurídicas de caráter artístico-cultural poderão inscrever trabalhos teatrais para palco, rua ou espaço alternativo, direcionados ao público adulto e produzidos em Minas Gerais, sem distinção de linguagem. A inscrição consistirá na entrega de dois envelopes: o primeiro deverá conter toda a documentação exigida no edital e o segundo, a proposta de cachê.   Habilitação A etapa de habilitação, que consiste na abertura do primeiro envelope e na conferência por uma equipe da FMC da documentação nele contida, se dará durante as reuniões públicas de habilitação, na sede da FMC. No dia 5 de janeiro de 2012, às 9h, será realizada a reunião de habilitação do edital referente aos espetáculos que já estrearam. No dia seguinte, também no mesmo horário, será a vez da reunião de habilitação do edital de espetáculos estreantes.
A relação dos espetáculos habilitados e inabilitados será publicada no DOM em janeiro de 2012. O proponente cuja proposta tenha sido inabilitada poderá recorrer da decisão no prazo de cinco dias úteis, contados da publicação do resultado da primeira etapa de seleção. O recurso deverá ser dirigido à presidente da FMC, Thaïs Pimentel, que analisará o pedido, decidindo em caráter definitivo.
 Seleção ArtísticaEm seguida, os espetáculos habilitados passarão para a etapa de seleção artística, a ser realizada pela Comissão de Seleção. No caso dos espetáculos que já estrearam, ela terá duas etapas. A primeira fase consistirá na análise e avaliação dos DVDs que contêm a gravação dos espetáculos na íntegra. Serão selecionados para a fase seguinte os 20 espetáculos que atingirem maior pontuação. A segunda fase da etapa de seleção artística consistirá no projeto Ensaio FIT. A Comissão de Seleção assistirá presencialmente e avaliará os 20 espetáculos selecionados na primeira fase. As apresentações deverão ocorrer entre 26 de janeiro e 31 de março de 2012. Os espetáculos que não estiverem em temporada nesse período terão sua realização apoiada pela FMC por meio da disponibilização do Teatro Marília entre os dias 5 e 18 de março de 2012, bem como de outros espaços que venham a firmar parceria com a FMC. Cada um dos 20 espetáculos selecionados receberá uma ajuda de custo de R$ 500.  As apresentações à Comissão de Seleção deverão ser realizadas em Belo Horizonte e serão de responsabilidade da produção dos espetáculos inscritos.
Já os espetáculos estreantes habilitados para a etapa de seleção artística serão assistidos e avaliados pela Comissão de Seleção entre os dias 12 de janeiro e 31 de março de 2012 e serão de responsabilidade da produção dos espetáculos inscritos.
A Fundação Municipal de Cultura (FMC) lançou dois editais para a seleção dos espetáculos mineiros que irão participar da 11ª edição do Festival Internacional de Teatro Palco & Rua de Belo Horizonte (FIT), que acontece de 12 a 24 de junho de 2012. O primeiro edital é voltado para espetáculos que já tenham se apresentando nos palcos da cidade e o segundo é dedicado a espetáculos estreantes que entrarão em cartaz na cidade entre 12 de janeiro e 31 de março de 2012. O edital de seleção pode ser consultado no site da FMC (www.pbh.gov.br/cultura) ou no Diário Oficial do Município (DOM) dos dias 6 e 7 de dezembro, que também pode ser acessado no site da Prefeitura de Belo Horizonte (www.pbh.gov.br).

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Conselho Municipal de Cultura

*Da Assessoria da PBH

 Os novos representantes do Conselho Municipal de Cultura de Belo Horizonte, formado por membros do poder público e da sociedade civil serão empossados na quinta-feira, dia 22, na Prefeitura (avenida Afonso Pena, 1.212, Centro).Os três níveis de governo preparam-se desde 2003 para a implantação dos sistemas nacional, estaduais e municipais de cultura. Belo Horizonte assinou em 2005 um protocolo de intenção aderindo ao sistema preconizado pelo Ministério da Cultura. Esse foi o passo mais importante das políticas públicas de cultura desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, que consagrou a cultura como direito de todos.
O caminho é o mesmo percorrido pelas demais áreas temáticas de governo, como Saúde, Educação e Assistência Social que, ao longo dos anos 1990, regulamentaram e implementaram seus sistemas. Pela primeira vez, um ousado modelo de gestão, com controle social, transferência de recursos, estabelecimento de planos com diretrizes de política, criação de sistemas de informações e indicadores e outros mecanismos vêm sendo discutidos e transformados em leis, de forma a assegurar políticas públicas continuadas, regulares e sistêmicas.
Os avanços advindos das práticas participativas de gestão da ação pública finalmente chegam à esfera da cultura.Em consonância com essa diretriz, desde a realização de sua primeira conferência municipal, em 2005, a Fundação Municipal de Cultura (FMC) discute com a sociedade a regulamentação e implantação do Conselho Municipal de Cultura. Agentes públicos de cultura, sociedade civil organizada e público em geral comemora a publicação, pelo prefeito Marcio Lacerda, do Decreto 14.424, em maio de 2011, regulamentando a Lei 9.577/08 que cria o Conselho Municipal de Cultura.
A sociedade civil, mobilizada em um amplo processo de eleição regional e setorial, definiu seus 30 representantes (15 titulares e 15 suplentes) que, ao lado dos conselheiros indicados pelo poder público, ajudarão a definir os rumos da política cultural de Belo Horizonte.

Ofício de fotógrafo lambe-lambe é reconhecido

*Da Assessoria da PBH
Será oficializado na quarta-feira, dia 14, durante reunião do Conselho Deliberativo do Patrimônio às 14h, na Casa do Baile (avenida Otacílio Negrão de Lima, 751, Pampulha) o primeiro registro de bem imaterial de Belo Horizonte: o de ofício do fotógrafo lambe-lambe. O encontro dos conselheiros é realizado uma vez por mês na Diretoria de Patrimônio Cultural (DIPC). Ao entrar para o Livro do Registro dos Saberes, o ofício será o primeiro bem cultural imaterial a receber proteção, inaugurando uma nova e importante fase da política de proteção do patrimônio cultural na capital mineira. O Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte aprovou a abertura do inventário para o Registro Imaterial do Ofício de Fotógrafo Lambe-Lambe em 2008, com base no decreto federal 3.551, de 2000, e na lei municipal 9000, de 2004, que “institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial”. A DIPC constatou que a trajetória do ofício revelava histórias do homem na cidade e suas relações, tratando-se não somente da história do ofício de fotógrafo lambe-lambe, mas também da história através de um ofício. O estudo foi desenvolvido ao longo dos anos em três etapas: levantamento preliminar, identificação e documentação. O local estudado foi a Zona Central de Belo Horizonte, sendo identificados o Parque Municipal e a Praça Rui Barbosa como as localidades no interior das quais o ofício continua se manifestando. Ao longo do estudo para aprovação do registro foram realizados encontros com os fotógrafos lambe-lambes a fim de conhecer a situação atual do ofício. Também foi feito um amplo levantamento bibliográfico sobre o processo histórico de ocupação do local e das localidades estudadas, bem como sobre a história da fotografia no Brasil, em Minas Gerais e em Belo Horizonte. Foram consultados livros, trabalhos acadêmicos e artigos de revista, jornal e publicações da internet. Além disso, com o suporte dos veículos de comunicação, foi feito um chamamento público com o objetivo de convidar a população a colaborar na realização do registro do ofício dos fotógrafos, fornecendo cópia de fotografias tiradas pelos lambe-lambes ou ainda, relatando histórias e experiências referentes aos fotógrafos. Todo o material fornecido foi digitalizado e catalogado pela equipe da DIPC. Retratos do ofícioPor meio do registro, o município pretende conferir reconhecimento e legitimidade ao ofício de lambe-lambe e promover a sua salvaguarda. Entre as primeiras medidas tomadas pela Prefeitura de Belo Horizonte para evitar a sua extinção, está a exposição “Fotógrafo lambe lambe:retratos do ofício em Belo Horizonte" que será aberta no sábado, dia 17, às 16h, na Casa do Baile. No mesmo dia, também haverá o lançamento de documentário sobre o assunto. A mostra fica em cartaz até o dia 18 de março do ano que vem e pode ser visitada de terça a domingo, das 9h às 19h. A entrada é gratuita. Os lambe-lambesA explicação mais recorrente para o nome do ofício é a que remonta ao período em que os fotógrafos utilizavam as chapas de vidro como negativo. A língua era passada nas chapas para possibilitar a identificação do lado em que se encontrava a emulsão, per­mitindo que se definisse a sua posição correta. O lado mais áspero, e que colasse na língua, apontava a camada da emulsão, praticamente imperceptível a olho nu.Na década de 1920 os primeiros fotógrafos lambe-lambes chegaram a Belo Horizonte. Vindos, sobretudo, da Europa, eles trouxeram consigo no­vas técnicas de fotografar e de revelar ao ar livre. O primeiro espaço público da cidade a receber os lambe-lambes foi o Parque Municipal. Atualmente, apenas nove fotógrafos, alguns com ajudantes, permanecem trabalhando no local. Segundo depoimento do fotógrafo Francisco Xavier, o Parque Municipal não tinha grade, era todo aberto. “Você podia entrar em qualquer lugar. E as pessoas que procuravam a gente para tirar fotografia eram aquelas pessoas que vinham do interior e já vin­ham falando que a fotografia do parque era a melhor e que, se viesse a Belo Horizonte, não fosse no parque e tirasse uma fotografia, não tinha vindo à cidade”, explica.Pela relação de proximidade com o cliente e pelo caráter mais despojado e informal de um ofício desenvolvido em espaços públicos que os fotógrafos lambe-lambes conseguiram sobreviver à concorrência dos estabelecimentos formais de fotografia, sobretudo no que tange às classes sociais menos privilegiadas. O último grande acontecimento a marcar profundamente o ofício de fotógrafo lambe-lambe foi a invenção da máquina digital. Habilidosos na arte de se adaptar às novas realidades, tanto técnicas quanto sociais, esses profissionais souberam, ao longo do tempo, reinventar o seu ofício para manterem-se atuantes no interior do espaço urbano.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Votação do OP Digital chega ao fim e população

 Do site da PBH

Foi encerrada no domingo, dia 11, a votação no Orçamento Participativo Digital de 2011. Foram 92 mil votos em obras feitas por 25 mil eleitores. Das 36 opções de obras, foram eleitas nove, uma em cada região da cidade. Foram escolhidas três obras voltadas para a segurança pública, o que envolve a instalação de câmeras de videomonitoramento, duas obras de saneamento público, uma de requalificação de trânsito e outras três de infraestrutura urbana, com melhorias também no trânsito e no transporte.
Segundo o secretário municipal adjunto de Planejamento e Gestão, Geraldo Afonso Herzog, a votação no OP Digital deste ano foi qualificada. “Na votação, se refletiu o que o cidadão considera prioritário na região onde mora”, disse. Segundo ele, a votação mostra uma maior mobilização local, o que se refletiu pelo número de cidadãos envolvidos.
 Resultados por regiãoBarreiro: revitalização da rua Antônio Eustáquio Piazza.
Regiões Centro-Sul, Leste e Nordeste: instalação de câmeras de videomonitoramento.
Noroeste: tratamento de fundo de vale da avenida Sanitária
Norte: tratamento de fundo de vale da avenida Basílio da Gama
Oeste: construção de ponte sobre o Córrego Cercadinho
Pampulha: urbanização da avenida Francisco Negrão de Lima.
Venda Nova: recuperação dos corredores de transporte coletivo de Venda Nova

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Dio - One Night In The City Live In Tuuri, Finland 07.01.2006

Black Sabbath - War Pigs Live At The Spectrum, Pa USA 1981.12.04

Rainbow - Mistreated Live In London 09.07.1976

DIO - Tarot Woman (Tel Aviv, Israel 2005)

Dio Tarot Woman Live In Sait Pitersburg 25 09 2005

Dio -Stargazer Live In Montreal 2003

DIO-CATCH THE RAINBOW LIVE IN SOFIA 1998

DIO-CATCH THE RAINBOW LIVE IN SOFIA 1998

Dio - Caught In The Middle

Dio - Don't Talk To Strangers

Dio - We Rock

Dio - Gates Of Babylon

Dio - Man On The Silver Mountain

Dio - Man On The Silver Mountain

dio- heaven and hell

Projeto que permite o aborto de anencéfalos pode ser votado na próxima semana

 
A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) apresentou, na manhã desta quinta-feira (8), relatório favorável sobre o projeto de lei do Senado 50/2011, que autoriza o aborto de fetos com anencefalia. O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) pediu vista do relatório, e, assim, o projeto só deve voltar à pauta da comissão na próxima semana.
O PLC 50/2011, de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), inclui no Código Penal (Lei 2.848/1940) a anencefalia como hipótese em que o aborto pode ser praticado sem que haja punição.
Da Redação / Agência Senado

Artistas apoiam projeto de lei do Senado que concede seguro-desemprego para a categoria


[Ator e produtor independente Odilon Wagner fala a senadores na CE. ]
Em reunião da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) nesta quarta-feira (7), representantes da classe artística discutiram com senadores a proposta que concede seguro-desemprego para os profissionais da área (PLS 211/2010) e defenderam mais verbas para o Ministério da Cultura no Orçamento de 2012, preocupados com a pequena importância que, segundo eles, o governo tem destinado ao setor.
De acordo com o PLS 211/10, proposto pela ex-senadora Marisa Serrano, para receber o seguro-desemprego, artistas, músicos e técnicos de espetáculos precisariam comprovar ter trabalhado em atividades da área por pelo menos trinta dias nos doze meses anteriores à data do pedido do benefício e não estar recebendo outro benefício previdenciário de prestação continuada ou auxílio-desemprego.
Além disso, seria necessário ter efetuado os recolhimentos previdenciários relativos ao período de trabalho, bem como não possuir renda de qualquer natureza. O projeto foi aprovado na CE em 21 de junho, seguindo para tramitação na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Os outros trabalhadores devem comprovar trabalho com carteira assinada nos últimos seis meses ou por 15 meses nos últimos dois anos. Esse tratamento diferenciado em relação a outras categorias se justificaria em razão da natureza em geral precária das relações trabalhistas no setor. 
"É praticamente impossível que os artistas consigam cumprir as condições impostas aos demais trabalhadores para obtenção do seguro-desemprego", argumenta Marisa Serrano na justificação do projeto.
A senadora Ana Amélia (PP-RS), que participou da reunião, afirmou que é subestimada a participação do setor de artes e espetáculos no produto interno bruto (PIB) do país. Números apresentados pelo ator Odilon Wagner, presidente da Associação de Produtores Teatrais Independentes, mostraram o papel da cultura na geração de empregos diretos e indiretos: segundo estatísticas, somente em teatro em São Paulo trabalham 20 mil pessoas.
- Não é apenas o ator que está presente: desde um simples montador, um iluminador, um contrarregra, um cenógrafo, um figurinista, há uma multiplicidade de pessoas. Isso tem um impacto direto sobre a economia - afirmou. 
Orçamento 
Emenda de orçamento, de R$ 500 milhões, para o Ministério da Cultura também foi defendida por Ana Amélia. Em sua opinião, a pequena verba destinada ao ministério simboliza o baixo valor que o Brasil tem dado à cultura: 
- O Ministério da Cultura é o penúltimo em volume de orçamento. Só tem mais recursos que o Ministério da Pesca. 
A senadora ressaltou que a área cultural, apesar de tratada com pouca relevância, pode ser usada para absorver a atenção dos jovens, funcionando como "fator de fortalecimento do adolescente" e afastando-os do crack e de outras drogas.  
- Quando um jovem faz arte, ele tem capacidade de interpretar. Quando ele apenas lê um texto ou está se preparando tecnicamente, não está desenvolvendo suas habilidades humanas e sua sensibilidade para a arte. A arte ajuda o desenvolvimento lógico e ajuda a evitar a dependência das drogas - explicou. 
PEC da Música 
Representantes dos artistas ainda farão em Brasília um ato público, agendado para 13 de dezembro, em apoio à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 98/2007, a PEC da Música, que concede isenção fiscal para a produção de CDs e DVDs de música brasileira em todas as regiões do país.
Paulo Cezar Barreto / Agência Senado

Texto que regulamenta Emenda 29 é aprovado e vai à sanção presidencial

 
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O Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (7), a proposta que regulamenta as aplicações mínimas do governo federal, dos estados e municípios na saúde, como determina a Emenda 29. De acordo com o texto aprovado e que vai à sanção presidencial, a União destinará à saúde o valor aplicado no ano anterior acrescido da variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores ao que se referir a lei orçamentária. A substitutivo da Câmara dos Deputados ao PLS 121/07 - Complementar regulamenta a Emenda Constitucional 29/2000 e foi um dos grandes embates, neste ano, entre a base do governo e a oposição.
Na prática, em 2012, a União aplicará o empenhado em 2011 mais a variação do PIB de 2010 para 2011, somando cerca de R$ 86 bilhões. A medida equivale ao que já é feito atualmente no governo federal. Os estados, por outro lado, serão obrigados a destinar 12% das suas receitas na saúde, e os municípios, 15%. O Distrito Federal deverá aplicar 12% ou 15%, conforme a receita seja originária de um imposto de base estadual ou municipal. 
Destaques
Destaque aprovado por 62 votos a 9 retirou do texto os dispositivos relativos à possibilidade de criação de uma contribuição social destinada à saúde, a chamada CSS, interpretada pela oposição como a recriação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). Igualmente por destaque, foi retirada do texto a vinculação de 10% das receitas brutas da União para a saúde, prevista no projeto original. Também foi reincorporada ao texto a inclusão, na base de cálculo do montante de recursos que os estados aplicarão em saúde, dos recursos do Fundo de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb). Com isso, foi mantido o repasse de R$ 7 bilhões do Fundeb para o setor de saúde.
Além de dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, estados, Distrito Federal e municípios em ações e serviços públicos de saúde, o texto estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas três esferas de governo.
Embate
O relator da matéria e líder do PT, senador Humberto Costa (PE), apresentou seu parecer em Plenário. Ele manteve o texto conforme foi reenviado da Câmara dos Deputados ao Senado, e disse ser possível depreender que o substitutivo oferece, em geral, soluções mais satisfatórias à regulamentação do § 3º do art. 198 da Constituição Federal. Enquanto Humberto Costa defendia o substitutivo da Câmara, a oposição insistia no texto original, do então senador Tião Viana (PT-AC).
- Apenas um dispositivo merece ser destacado: não podemos aceitar a nova regra acrescida pelo Substitutivo da Câmara dos Deputados - a vigorar pelos próximos cinco exercícios financeiros - para o cálculo do montante de recursos que os estados e o Distrito Federal aplicarão em saúde, segundo a qual são excluídos da sua base de cálculo os recursos distribuídos para compor o Fundeb - assinalou.
Humberto Costa disse que ficaria muito feliz se pudesse estabelecer uma vinculação de 10% das receitas bruta da União para a área da saúde, embora ainda não fosse o suficiente para atingir os padrões de gastos públicos de outros países que têm sistemas de saúde semelhantes ao brasileiro. Mas declarou não ser possível vincular esses recursos, que representariam uma injeção de mais R$ 35 bilhões para o setor da saúde.
O senador traçou um paralelo entre o momento em que o Senado aprovou o PLS 121/2007 - Complementar, e o atual. Segundo ele, todos se esquecem de dizer que, naquele momento, existia a CPMF e, se existisse hoje, seria fácil estabelecer a vinculação de 10% para a União, pois o governo contaria com mais R$ 50 bilhões ou R$ 60 bilhões por ano. O senador disse que o Congresso Nacional precisa debater a criação de novas fontes de receita para a saúde.
- Dinheiro não nasce em árvore, minha gente. Só se consegue se a sociedade estiver convencida e der a sua contribuição para isso - afirmou.
Em aparte, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) afirmou que o líder do PT cometeu um erro cronológico, pois a CPMF foi extinta em dezembro de 2007 e o PLS 121/2007 foi aprovado em 9 de abril de 2008. Aloysio Nunes assinalou que, desde o fim da CPMF, a arrecadação do governo federal aumentou em R$ 150 bilhões, sendo que em 2011 o aumento em relação a 2010 foi de R$ 78 bilhões.
Da forma como foi aprovado pela Câmara, o projeto manteve a regra atualmente seguida pela União para destinar recursos à área de saúde. Em vez dos 10% da receita corrente bruta definidos pela proposta original, o governo federal aplicará o valor empenhado no ano anterior acrescido da variação nominal do produto interno bruto (PIB) ocorrida entre os dois anos anteriores ao que se referir a lei orçamentária. Assim, para 2012, por exemplo, teria de aplicar o empenhado em 2011 mais a variação do PIB de 2010 para 2011. 
CSS
O governo federal vinha condicionando a aprovação dos 10% para saúde, que representariam um investimento-extra de cerca de R$ 35 bilhões anuais, à criação de um tributo para financiar o setor. A Contribuição Social para a Saúde (CSS) funcionaria nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), mas foi retirada do texto durante a votação na Câmara. No Senado, o relator, Humberto Costa, voltou a incluir a criação da CSS no texto.
Mas o líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), pediu destaque para que a criação do CSS fosse votada separadamente.
- O somos contra criação de novo imposto - disse.
Em resposta ao relator, Humberto Costa, o líder do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), que faz parte da base do governo, afirmou que a CSS nada mais seria do que a recriação - a seu ver, inconstitucional - da CPMF, mas com outro nome. Ele salientou que só seria possível criar uma contribuição cumulativa por meio de uma proposta de emenda à Constituição, e jamais por meio de um projeto de lei complementar.
- Isso abre as portas para uma cascata de novos tributos. Não posso apoiar o governo - afirmou Dornelles, lembrando que a questão da CPMF sempre foi tratada por meio de emenda à Constituição.
Ele foi apoiado não só pelos líderes da oposição, como Alvaro Dias (PSDB-PR) e Marinor Brito (PSOL-PA), mas pelos líderes da base. Renan Calheiros (PMDB-AL) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), apoiaram Demóstenes e Dornelles. Com isso, o requerimento foi aprovado e a CSS, posteriormente foi retirada do texto. Humberto Costa chegou a defender a manutenção do dispositivo, mas terminou por liberar a bancada:
- Não sou líder de mim mesmo - afirmou. 
Gastos com saúde
Na Câmara, os deputados ligados à área de saúde consideraram que a proposta representa um avanço pela definição de quais despesas podem ser consideradas gastos com saúde para que cada ente federativo possa atingir os patamares mínimos definidos pela Emenda Constitucional 29/00.
De acordo com o projeto, são despesas de saúde, por exemplo, a vigilância em saúde (inclusive epidemiológica e sanitária); a capacitação do pessoal do Sistema Único de Saúde (SUS); a produção, compra e distribuição de medicamentos, sangue e derivados; a gestão do sistema público de saúde; as obras na rede física do SUS e a remuneração de pessoal em exercício na área.
Por outro lado, União, estados e municípios não poderão considerar como de saúde as despesas com o pagamento de inativos e pensionistas; a merenda escolar; a limpeza urbana e a remoção de resíduos; as ações de assistência social; e as obras de infraestrutura.
Ricardo Icassati e Raíssa Abreu / Agência Senado

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Exposições gratuitas marcam a temporada de férias no Palácio das Artes

O Palácio das Artes recebe, a partir de 13 de dezembro, quatro exposições de artistas plásticos em suas dependências. “Mortos Vivos”, de Mariana Xavier e “Palácio da eternidade e a valsa dos esquecidos”, de Guilherme Peters, serão apresentadas na Galeria Arlinda Corrêa Lima. “Car Crash”, de Marcos Gorgatti, e “Panorama Imaginista”, de Érica Ferrari, serão exibidas na Galeria Genesco Murta . Com entrada franca, as exposições podem ser conferidas até 15 de janeiro. 

“Mortos Vivos” consiste em três vídeos realizados entre 2007 e 2011 e uma exposição fotográfica inédita. O objetivo é tratar temas como comportamento social e o mundo das celebridades. 

“Palácio da eternidade e a valsa dos esquecidos” mostra  "telas/chapas" de ferro oxidado, ligadas a circuitos elétricos, que remetem a projetos totalitários ou a ícones da modernidade.

A instalação “Car Wash” consiste na justaposição de três objetos de espuma colorida e laminada que lembram diferentes tipos de automóveis, sugerindo possíveis relações entre as políticas desenvolvimentistas do Brasil e a arte concreta paulistana.

“Panorama Imaginista” é uma instalação de cinco metros, formada por 14 painéis que aborda a construção histórica do panorama e a relação de admiração e consumo da imagem paisagística.

Serviço
- “Mortos Vivos” e “Palácio da eternidade e a valsa dos esquecidos”
Galeria Arlinda Corrêa Lima
- “Car Crash” e “Panorama Imaginista”
Galeria Genesco Murta
Abertura: 12/12/2011, às 19h
Exposição: 13/12/2011 a 15/01/2012
De terça a sábado, das 9h30 às 21h
Domingo, das 16h às 21h
Palácio das Artes
Entrada Gratuita
Mais informações: www.fcs.mg.gov.br
Tel: (31) 3236-7400

Câmara de Belo Horizonte aprova hidrômetro individual nas novas construções

 *Da assessoria da vereadora Pricila Teixeira

A Câmara Municipal de Belo Horizonte acaba de aprovar em segundo turno o Projeto de Lei de autoria da Vereadora Pricila Teixeira ( PTB) que prevê a instalação obrigatória de hidrômetros individuais nas novas construções. O Projeto segue para sanção ou veto do Prefeito Márcio Lacerda.

Na justificativa de seu projeto, Pricila Teixeira diz que além de disciplinar consumo de água em BH, reduzindo o desperdício, visa também substituir o rateio da conta de água nos condomínios, onde é calculado o consumo coletivo, por medidores individuais, fazendo com que cada morador pague exatamente o que gastou.

De acordo com a proposta, as novas edificações com três andares ou mais devem prever, em sua planta, hidrômetros individuais para aferição de consumo de cada unidade domiciliar ou comercial, em prédios de apartamentos, salas, lojas, condomínios horizontais e conjuntos habitacionais. Os hidrômetros deverão ser colocados em área comum, permitindo o acesso da prestadora de serviço público e seus consumidores.

A adaptação das construções será condição para obter certidão de baixa e habite-se da Prefeitura de Belo Horizonte. Segundo a autora, ele complementa a Lei Estadual 17.506/2008, que dispõe sobre normas da cobrança individualizada por parte da operadora do serviço público de água na cidade.

Para a vereadora, a medição individualizada é uma alternativa para avaliar o quanto cada família ou indivíduo utiliza ou desperdiça de água, “conscientizando a população sobre o uso racional da água”. Por outro lado, Pricila Teixeira destaca que a cobrança individualizada “tenta mitigar a injustiça que hoje impera nos condomínios, cujo valor das contas é dividido igualmente entre todos os moradores sem se levar em conta as especificidades da utilização”.

NOVO VEREADOR

 Fábio Caldeira toma posse na CMBH na próxima segunda-feira

*Da Superintendência de Comunicação Institucional

Durante a reunião plenária na próxima segunda-feira (12/12), a partir das 15h, no Plenário Amynthas de Barros, o suplente Fábio Caldeira será empossado como vereador na Câmara Municipal de Belo Horizonte. O novo parlamentar vai assumir cadeira vaga do Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Formação e experiência profissional

Fábio Caldeira de Castro e Silva nasceu em 14 de outubro 1971. Sua extensa trajetória acadêmica é marcada pelo aprofundamento de conhecimentos: advogado, mestre em Ciência Política pela Universidade Francisco de Vitória (Espanha), doutor em Direito pela UFMG e diplomado em Políticas Públicas para o Desenvolvimento pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington.

Os cargos de assessor técnico parlamentar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), de secretário municipal da Administração Regional Oeste, de diretor de Planejamento da Agência Metropolitana e de diretor geral da Câmara Municipal demonstram sua experiência significativa nos poderes Legislativo e Executivo, em âmbito municipal e estadual.

Com pouco mais de um ano de mandato pela frente até o término da atual legislatura (2009-2012), Fábio Caldeira espera direcionar sua atividade parlamentar no sentido de contribuir para o desenvolvimento da economia da cidade, proporcionando "coesão social" e promovendo a inserção de Belo Horizonte, "terceira capital brasileira", em esfera internacional.


VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES

Projeto de Lei prevê prioridade de creches para filhos das vítimas

Da Superintendência de Comunicação Institucional da Câmara Municipal de Belo Horizonte

Em meio ao debate levantado pela campanha “Laço Branco: Homens de Minas pelo Fim da Violência contra a Mulher", divulgada nesta semana na Câmara Municipal, tramitam projetos de lei que buscam prevenir e dar suporte às vítimas na capital. Um deles é o Projeto de Lei 1175/10, de autoria da vereadora Elaine Matozinhos (PTB), que garante prioridade de vagas em creches para crianças em idade compatível, filhas (os) de mulheres vítimas de violência doméstica, de natureza física e/ou sexual.

Segundo a vereadora, esse tipo de violência afeta não somente a mulher mas também os filhos do casal. Estima-se que cerca de 85% de todas as formas de violência contra a mulher são realizadas pelos próprios companheiros. “Por isso, sentimos a necessidade de preservarmos de todas as formas possíveis a integridade física e mental dos menores envolvidos no universo da violência doméstica”, aponta.

De acordo com Elaine Matozinhos, que também é delegada de polícia, a prioridade das vagas visa auxiliar as mulheres a encontrarem “uma nova saída por meio de atividades que permitam sua independência financeira e sua subsistência, bem como a de seus filhos", o que muitas vezes não é possível quando não há local para deixar a criança em segurança, explica.

Para garantir a prioridade das vagas, a matrícula deve ser solicitada junto com a apresentação do boletim de ocorrência emitido pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, além da cópia do exame de corpo de delito. O texto aguarda votação em 2º turno no plenário.

Assistência Social

Outro projeto de lei que inclui como um dos públicos beneficiados as vítimas da violência doméstica física e/ou psicológica é o de número 111/09, que trata do Sistema Único de Assistência Social (Suas), de autoria da vereadora Neusinha Santos (PT). O sistema organiza e cria normas para a Política Municipal de Assistência Social, buscando consolidar questões como a cooperação entre União, estado e município, expansão das ações e integração entre as redes pública e privada na oferta de serviços, programas, projetos e benefícios.

Além das vítimas da violência, o Suas visa atender especialmente públicos em situações de violações que resultam em abandono, negligência, exploração no trabalho infanto-juvenil, violência ou exploração sexual, problemas de subsistência e mendicância, dentre outros casos. O projeto aguarda votação em 1º turno no plenário.

Informação

Já a Lei 10281/11, originária do Projeto de Lei 1534/11,de autoria do vereador Preto (DEM), aposta na informação como forma de combate à violência contra o público feminino. O projeto determina que a Prefeitura fixe cartaz em lugares visíveis nas escolas públicas municipais contendo os telefones e as funções do Conselho Tutelar, da Delegacia Especializada em Crimes contra Crianças e Adolescentes e da Delegacia da Mulher. A lei foi publicada em 6 de outubro deste ano.

Fundo Municipal dos Direitos da Mulher

A CMBH contribuiu neste ano com uma novidade que busca aprimorar o combate à violência contra as mulheres. Trata-se do Fundo Municipal dos Direitos da Mulher, criado pela Lei 10127 de 18 de março de 2011, originário do projeto de lei 495/09, de autoria da ex-vereadora Luzia Ferreira.

O Fundo visa financiar programas que garantam atendimento especializado às mulheres vítimas de violência de qualquer espécie, além de trabalhos, pesquisas e projetos voltados ao bem-estar e ao interesse da mulher. De acordo com a lei, a gestão financeira dos recursos do Fundo deve ser feita pelo Executivo.



Texto do novo Código Florestal também recebe críticas de senadores

*Da Redação Agência Senado

Durante a votação em Plenário nesta terça-feira (6), o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) criticou duramente o substitutivo do novo Código Florestal (PLC 30/2011), dos senadores Jorge Viana (PT-AC) e Luiz Henrique (PMDB-SC). Ele afirmou que o texto, que aumenta as áreas passíveis de desmatamento em encostas e permite uso agrossilvopastoril em topos de morro, provocará desmatamento em todo o país, em especial da Mata Atlântica.

Randolfe apresentou mapas comparativos de várias regiões montanhosas do país, segundo os quais largas áreas com declives serão desmatadas, aumentando o risco de catástrofes ambientais.

- Para que serve um Código Florestal? Na sua essência, um Código Florestal, seja na sua primeira versão de 1934 ou na sua versão mais avançada de 1965, essa que hoje se insiste em querer alterar, é o conjunto de leis que disciplina a preservação das florestas e o seu uso sustentável - assinalou.

A senadora Marinor Brito (PSOL-AP) criticou o substitutivo por ignorar recomendações feitas por representantes de entidades científicas como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC). Para ela, o texto demonstra que o governo resolveu se colocar ao lado de quem cometeu crimes ambientais, deixando de lado os interesses do povo brasileiro.

Marinor afirmou que o texto provocará mais desmatamento, ao contrário do que dizem os parlamentares da base do governo e os ligados ao setor rural. A senadora criticou os "ex-ambientalistas" que apoiaram o texto e lembrou que a população brasileira tem se manifestado em favor da preservação do meio ambiente e contra o novo código. 

Topos de morro

Primeiro a debater o substitutivo em Plenário, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), embora se declarando a favor do código, manifestou sua preocupação com a preservação de vegetação nativa nos topos de morro e em declives de 25 a 45 graus.

- Não podemos minimizar o risco que corremos - disse o senador, apontando para as catástrofes ocorridas no início do ano na região serrana do Rio de Janeiro, em que mais de 900 pessoas morreram em razão de deslizamentos de terra.

O senador afirmou ter apresentado sete emendas para aperfeiçoar o texto, que, em linhas gerais, mereceu seus elogios. Ele propôs que mudanças adicionais sejam feitas na Câmara ou pela presidente Dilma Rousseff por meio de vetos.

- Não estou tranquilo. Quando mudamos a maneira como medimos o topo de morro, de 50 metros para 100 metros, segundo o INPE [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais], não haverá mais matas em várias regiões. Áreas hoje preservadas serão desmatadas. O Inpe não tem avaliação precisa sobre quantos hectares serão desmatados no Rio de Janeiro com a aprovação desse texto - disse osenador. 

Patrimônio natural

Paulo Davim, por sua vez, exaltou o valor do patrimônio natural brasileiro, afirmando que o empenho de entidades de classe e organizações não governamentais na discussão da matéria reflete "zelo e cuidado" com o meio ambiente. O parlamentar repeliu ataques contra os ambientalistas, que segundo ele não se opõem ao agronegócio. 

Davim também salientou a posição da comunidade científica, contrária ao texto em votação, e classificou como "bravata" o conceito de que é preciso desmatar para aumentar a produção. Para ele, as críticas à reserva legal são um "factóide" dos ruralistas.

O senador João Capiberibe (PSB-AP) se disse preocupado com alguns pontos do projeto, que poderiam dar margem a "uma aplicação da lei de forma diferente daquela desejada pelo legislador". Para o senador, há no projeto dois problemas principais: a anistia para áreas desmatadas antes de 2008 e a diminuição da reserva legal exigida em propriedades no estado do Amapá, que, mantido o texto, poderá perder cerca de 800 mil hectares de florestas.

Sobre a anistia de recomposição da reserva florestal para imóveis rurais com tamanho de até quatro módulos fiscais que desmataram até julho de 2008, Capiberibe questionou a capacidade do Estado de efetivamente fiscalizar e identificar quais propriedades desmataram antes ou depois desta data. 

- Estou convencido de que o Estado não tem condição de exercer essa fiscalização. E esse tipo de medida promove o infrator e pune aos que cumprem a lei. Isentar aqueles que descumpriram as regras até julho de 2008 me parece promovê-los e punir os que foram cidadãos corretos cumpridores da lei. Estaremos incentivando a cultura centenária de desrespeito às leis - criticou.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) reforçou em Plenário a necessidade de se manter a discussão sobre o Código Florestal após sua aprovação no Senado. O senador disse que, por maior que tenha sido o avanço apresentado pelo texto em discussão na Casa, ainda há vários pontos a serem aprimorados na proposta.

O primeiro seria a data escolhida para regularização da área rural consolidada como julho de 2008, que os ambientalistas apontam como anistia para quem desmatou. Para Lindbergh Farias, a medida pune quem cumpriu a lei e ainda abre espaço para um debate no futuro sobre novas anistias.

Outro problema trata da reserva legal que, pelo projeto, pode ser somada à Área de Preservação Permanente (APP) e por até 50% de "plantas exóticas". Lindbergh Farias afirmou que a opção por plantas exóticas, como o pinus, por exemplo, não cumpre o papel ecológico da reserva legal. Além disso, a recomposição da reserva legal pode ser feita em estado diferente do degradado, o que poderia provocar uma "guerra ambiental" se for considerado que alguns estados têm terras com valores de mercado maiores do que outros. 

Agricultura familiar

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) declarou que o trabalho dos relatores do projeto gerou mudanças positivas, como os incentivos ao reflorestamento, as regras para proteção de áreas verdes nas cidades e o tratamento diferente à agricultura familiar.

O senador, no entanto, reiterou que o projeto "parece ser bom para quem desmatou", ao reduzir as Áreas de Preservação Permanente (APPs). Também contraria a legislação de crimes ambientais e a Constituição, que, independentemente do reparo ao dano, determina a punição do infrator pelos prejuízos ambientais.

- O projeto discutido em Plenário é muito melhor do que o que veio da Câmara, mas tem problemas difíceis que devem ser analisados. Alguns vão depender de emendas a serem destacadas, outras do veto do Executivo. Podemos avançar na discussão - concluiu.

A senadora Ana Rita (PT-ES) declarou seu voto a favor do novo Código Florestal, mas manifestou "insatisfação e descontentamento" diante de vários itens do texto. Apesar de reconhecer as dificuldades do processo, Ana Rita disse acreditar que o relatório poderia ter incorporado mais avanços.

A maior crítica da senadora foi ao tratamento dispensado à agricultura familiar, que para ela deveria ter sido mais bem contemplada. Mas Ana Rita elogiou os relatores, por seus esforços pela obtenção de um texto com pluralidade, e manifestou a esperança de que, "em futuro próximo", seja possível rever o Código Florestal e resgatar propostas anteriores a fim de evitar prejuízos ambientais.

O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) também declarou voto favorável ao texto. Mas adiantou ter apresentado emendas e manifestou apoio a outras sugestões, que terminaram rejeitadas. Ele apoiou a emenda dos senadores Paulo Davim e Lindbergh Farias, que, segundo disse, impediria qualquer chance de impunidade, ao modificar a data prevista no texto para a regularização de propriedades com atividades rurais em APPs.

Novo Código Florestal mantém percentuais de reserva legal, mas isenta parte dos produtores da recomposição

*Por Iara Guimarães Altafin e Isabela Vilar / Agência Senado

Aprovado nesta terça-feira (6) pelo Senado, o projeto do novo Código Florestal (PLC 30/2011) mantém os percentuais de reserva legal previstos na lei em vigor, mas dá a produtores que desmataram antes de 22 de julho de 2008 diferentes oportunidades de regularizar a situação. Ainda de acordo com o texto, que voltará à Câmara dos Deputados, pequenas propriedades não precisarão recompor a reserva desmatada antes daquele ano.
Ponto polêmico do projeto, as regras de regularização para quem desmatou terras de reserva legal, definidas na Câmara, acabaram não sofrendo mudanças significativas no Senado. Apesar das tentativas de senadores de alterar a data limite dos desmatamentos com possibilidade de regularização, o ano de 2008 foi mantido.
- Minha dúvida é sobre a capacidade do Estado brasileiro de poder, efetivamente, fiscalizar e identificar quem desmatou antes ou depois dessa data. Estou convencido de que o Estado não tem condição de exercer essa fiscalização - afirmou o senador João Capiberibe (PSB-AP).
Para regularizar as áreas desmatadas até a data limite, os proprietários podem recompor a área com o plantio intercalado de espécies nativas e exóticas; isolar a área para que ocorra a regeneração natural; ou compensar a reserva legal em outra propriedade. Em qualquer das possibilidades, será obrigatória a inscrição do imóvel no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
As áreas utilizadas para a compensação devem ter a mesma extensão da área de reserva legal a ser regularizada. A compensação pode ser feita em outro estado, mas é preciso que as áreas estejam no mesmo bioma da reserva desmatada. Para a compensação em outro estado, também é necessário que a área escolhida seja considerada prioritária. Essa definição de prioridade pode ser feita pela União e pelos estados, por exemplo, para a conservação e recuperação de ecossistemas ou espécies ameaçadas.
Exceções
Para as propriedades de até quatro módulos fiscais, medida que varia de acordo com o município, as regras são diferenciadas. Essas pequenas propriedades serão regularizadas com a porcentagem de mata nativa existente em 2008, mesmo que inferior ao percentual exigido na lei.Para o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), a medida não significa anistia irrestrita, mas um benefício aos pequenos produtores, que têm menos condições econômicas de recuperar as áreas.
- Todas as demais propriedades estão obrigadas a recompor na íntegra as suas reservas legais e isso não é pouca coisa, portanto não há que se falar em anistia. Todos os médios e grandes produtores estão obrigados a recompor a sua reserva legal - justificou.
Outra exceção à obrigatoriedade de recompor a reserva é para as propriedades de qualquer tamanho que tenham desmatado de acordo com as leis vigentes à época, ainda que o percentual de reserva esteja em desacordo com as regras atuais.
Para os produtores que desmataram ilegalmente após 2008, a recomposição é obrigatória, sem prejuízo das sanções administrativas e penais cabíveis. Emenda aprovada em Plenário torna obrigatória a suspensão imediata das atividades nessas áreas e altera o prazo para a recomposição de cinco anos contados da data do desmatamento para dois anos após a publicação da lei. Para quem desmatar após esse prazo, a data será contada a partir do desmatamento.
Regras permanentes
Os percentuais de reserva legal atualmente em vigor foram mantidos pelo texto aprovado no Senado. As regras determinam que, em imóveis rurais localizados na Amazônia Legal, a reserva será de 80% da propriedade nas áreas de florestas; 35% nas de cerrado; e 20% para os imóveis em áreas de campos gerais. Nas demais regiões do país, independentemente do tipo de vegetação, a área mínima de reserva é de 20%.
Apesar de manter os percentuais, o texto flexibiliza as regras para estados localizados em área de floresta na Amazônia Legal. Nos estados que tenham mais de 65% do território ocupado por áreas públicas protegidas, o governo estadual poderá reduzir o percentual de reserva obrigatória de 80% para até 50%, ouvido o Conselho Estadual de Meio Ambiente.
A redução gerou críticas de senadores, que afirmaram ser uma regra feita para atingir apenas o Amapá, único estado que se enquadraria nos requisitos. O dispositivo, segundo o senador João Capiberibe poderia ser considerado inconstitucional e gerar questionamentos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Para tentar reverter a alteração, incluída no Senado, Capiberibe e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentaram emenda, que acabou sendo rejeitada.
- Eu sou de um estado da Amazônia e tenho muito orgulho de esse estado ser o que tem maior quantidade de unidades de conservação. Não precisamos de dispositivos que relativizem a reserva legal na Amazônia - criticou Randolfe.
A redução da reserva legal para 50% também é permitida para a regularização de imóveis com área rural consolidada. Quando indicado pelo zoneamento ecológico-econômico (ZEE), a recomposição, regeneração ou compensação poderá ser feita com base nesse percentual. Os estados têm até cinco anos para elaborar os zoneamentos, seguindo metodologia unificada, estabelecida em norma federal.
APP e reserva legal
O cômputo das Áreas de Preservação Permanente (APPs) no cálculo do percentual da reserva legal, não permitido pela regras em vigor, está previsto no texto aprovado pelo Senado. Como condição, o texto estabelece que o benefício não poderá implicar o desmatamento de novas áreas para uso alternativo do solo. A área a ser computada precisa estar conservada ou em processo de recuperação, e o imóvel deve estar incluído no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
A exploração econômica é permitida na reserva legal por meio de manejo sustentável, com procedimentos simplificados para pequena propriedade ou posse rural familiar.

Pratique os “Oito R’s” neste fim de ano

Planeje bem suas compras, festas e férias: reflita, reduza, reutilize, recicle, respeite, repare, responsabilize-se e repasse
1. Refletir: Lembre-se de que qualquer ato de consumo causa impactos do consumo na sua vida, na sociedade, no país e no planeta. Procure potencializar os impactos positivos e minimizar os negativos;
2.               Reduzir: Exagere no carinho e no amor, mas evite desperdícios de produtos, serviços, água e energia;
3. Reutilizar: Use até o fim, não compre novo por impulso. Invente, inove, use de outra maneira. Talvez vire brinquedo, talvez um enfeite, talvez um adereço...
4. Reciclar: Mais de 800 mil famílias vivem da reciclagem hoje no Brasil. Quer fazer o bem? Separe em casa o lixo sujo do limpo. Só descarte na coleta comum o sujo. Entregue o limpo na reciclagem ou para o catador;

5. Respeitar: Você mesmo, o seu trabalho, as pessoas e o meio ambiente. As palavras mágicas sempre funcionam: “por favor” e “obrigado”;
6. Reparar: Quebrou? Conserte. Brigou? Peça desculpas e também desculpe;
7. Responsabilizar-se: Por você, pelos impactos bons e ruins de seus atos, pelas pessoas, por sua cidade;
8. Repassar: As informações que você tiver e que ajudam na prática do consumo consciente. Retuite, reenvie e-mails.

Eliane Parreiras integra comitiva do governo

Importantes parcerias serão firmadas nas áreas de
preservação cultural, patrimonial e ambiental


*Fontes:Assessoria do Governo/SEC


A Secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras está em Nord-Pas de Calais, região da França, para o II Fórum de Cooperação entre a região e o estado de Minas Gerais. O evento ocorre entre os dias seis e nove de dezembro e conta com a presença do vice-governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho. Durante a abertura do fórum, nesta terça-feira (06/11), foram assinados oito protocolos que vão permitir a parceria e a troca de experiências em setores como preservação cultural, patrimonial e ambiental, entre outros. Foi lançado ainda o Arcus, programa criado entre universidades mineiras e francesas de estímulo à pesquisa e ao intercâmbio entre as instituições.
 
O Fórum está sendo organizado pela Secretaria Geral do Governo de Minas, por meio da Assessoria de Relações Internacionais, e pelo governo da região de Nord-Pas de Calais. Com a presença de representantes governamentais, setores privados, acadêmicos e sociedade civil, serão estabelecidos projetos prioritários e uma agenda de trabalho para os próximos dois anos entre as duas regiões.

A vice-presidente do Conselho Regional, Majdouline Sbai, ressaltou os vínculos de solidariedade existentes entre as partes, possibilitando o intercâmbio sistemático de conhecimento gerando desenvolvimento local, envolvendo atualmente oito secretarias de Estado com uma propositiva e consistente agenda de trabalho.
Parceria

Nord-Pas de Calais é um dos estados-irmãos de Minas Gerais. A parceria existe desde 2008, quando foi assinado o Acordo de Irmandade durante viagem oficial do governador Aécio Neves à região. Em abril de 2009, o compromisso foi reafirmado com a assinatura do Acordo de Cooperação entre Minas Gerais e a Região de Nord-Pas de Calais, com o objetivo de elencar setores prioritários para a cooperação. Este segundo acordo foi assinado em Belo Horizonte, no Palácio da Liberdade.
Em desdobramento desse acordo foi elaborada uma agenda de trabalho que detalhou as ações e projetos a serem executados no âmbito da cooperação. A agenda foi divida por temas de interesse comum de Minas Gerais e do Nord-Pas de Calais e elaborada durante o I Fórum dos Atores, evento realizado em outubro de 2009, em Belo Horizonte.

 A região de Nord-Pas de Calais, assim como Minas Gerais, tem a sua história cultural e econômica ligadas à atividade mineradora e enfrenta a degradação das áreas que foram exploradas. Naquela região, a atividade de mineração foi extinta há 20 anos, depois de mais de 200 anos de exploração.


Desdobramentos da parceria

A agenda de trabalho elaborada está sendo cumprida conforme o acordado pelas partes e atualmente envolve oito secretarias de Estado (Sisema, Sectes, SEC, Sedru, SES, Setur e Sede), universidades (UFMG, UFOP, Unifei, PUCMinas, UFU, entre outras), e setor privado, mobilizado pelo Polo de Excelência Mineral e Metalúrgico.


São desenvolvidos projetos para promover a troca de expertise e a disseminação de conhecimento. A metodologia de trabalho utilizada é modelo nas discussões de cooperação descentralizada franco-brasileira e é replicada nos demais acordos de cooperação do Estado, e foi o modelo apresentado à Subchefia de Assuntos Federativo da Presidência da República.


 Sobre o Nord-Pas de Calais


Nord-Pas de Calais é uma das 27 regiões da França. Consiste nos departamentos Nord (Norte) e Pas-de-Calais (Estreito de Calais), e faz fronteira com a Bélgica. É presidida pelo socialista Daniel Percheron  tendo como centro administrativo Lille, a maior cidade da região (1,5 milhão de habitantes). Foi a primeira província francesa a se industrializar. É uma área dinâmica, de forte agricultura e grande população jovem, além de reunir alto número de instituições de ensino superior. Investe muito na inovação industrial. É uma região densamente povoada, possui cerca de 4 milhões de habitantes e 7% da população total da França, tornando-o quarta região mais populosa do País.